terça-feira, 17 de julho de 2012

Os bate-palmas

O português é, de facto, um povo caloroso e receptivo e por isso não admira que todos os estrangeiros, sejam turistas ou artistas (músicos, actores, artistas plásticos, etc) nos adorem e reconheçam Portugal como uma visita obrigatória.
Ainda no rescaldo do Optimus Alive, ao qual apenas assisti no último dia de festival, é isto que me salta à consciência: uma banda grandiosa, com grandes músicas, com uma qualidade musical perfeita, com boas músicas... a despejar repertório em cima de um palco gigante para mais de 55 mil pessoas.
Foi assim o concerto dos Radiohead. Com um alinhamento regido pelo novo CD (que a própria banda assume como não sendo o seu melhor trabalho) e muito pouca emoção em palco, faltou ao concerto a presença dos grandes hits como Creep, Karma Porlice ou High&Dry. Em substituição entraram novas sonoridades progressivas com recurso a sintetizadores e outros electrónicos. Uma má escolha quanto a mim.

Confesso que não sou uma grande fã, conheço as músicas mais conhecidas de antigos CD's. E acredito que os verdadeiros fãs se tenham regalado com esta demonstração musical de duas horas. Quanto a mim, achei fraco; só para ouvir as músicas podia ter ficado em casa agarrada a um computador com internet... não precisava de ter passado longas horas de pé e mais de 15minutos para alcançar uma imperial.

Um concerto frio, sem interacção com público, sem emoção. Valeu-lhe os espectaculares portugueses que, mesmo sem adorar (havia mais pessoas a comentar o mesmo que eu), continuavam de braços no ar, a bater palmas e a passar toda a energia para o palco.
Efectivamente, não há povo como o nosso!


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